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Para Rich Mullins, mesmo uma hora em uma má igreja era melhor do que não ir a nenhuma igreja.” Jimmy Abegg

Deparei-me com esta frase no livro An Arrow Pointing To Heaven (uma flecha apontando para o céu), uma espécie de biografia do cantor Rich Mullins que faleceu após um acidente de carro em 1997. Rich era muito famoso nos Estados Unidos como cantor e compositor cristão. Algumas de suas músicas fizeram sucesso na voz de Michael W. Smith. Apesar de todo sucesso em torno de suas músicas, Rich havia optado por um estilo de vida simples e dedicado a servir ao próximo. Ele havia se mudado para uma reserva de índios navajos para compartilhar o Evangelho com eles. Acima de tudo, Rich amava Jesus e sua Igreja. Suas palavras sobre a igreja refletem o amor e respeito que ele tinha pela Noiva de Cristo.

“Escuto pessoas dizendo: ‘Por que você deseja ir à igreja? Ela está cheia de hipócritas!’ Eu nunca entendi que ir à igreja faz de você um hipócrita uma vez que ninguém vai a igreja porque é perfeito. Se você está com tudo em cima, você não precisa ir. Você poder ir correr no parque aos domingos com todas as outras pessoas perfeitas. Todas as vezes que você vai à igreja, você está confessando novamente para você mesmo, para sua família, para as pessoas que você encontra a caminho de lá, para as pessoas que o cumprimentam lá, que você não está com tudo em cima, que você precisa do apoio delas. Você precisa de direção. Você precisa prestar contas e precisa de alguma ajuda.”

Rich acreditava que nós precisamos ir a igreja justamente porque não somos perf
eitos. Ele enxergava a vida cristã como um processo, uma luta continua para ser fiel ao que sabemos ser verdade. Ele entendia nossa tendência de cair no erro e por isso nossa necessidade de apoio, direção e prestação de contas encontrada somente na igreja.

“O maior problema da vida é que ela é diária. Você nunca fica tão saudável a ponto de não precisar mais continuar se alimentando bem. Todos os dias temos que fazer as escolhas certas sobre o que iremos comer e quanto exercício precisamos. Espiritualmente nós estamos no mesmo lugar. Eu passo por esses impulsos em que digo a mim mesmo: ‘Vou memorizar os cinco livros de Moisés.’ Espero poder viver disso. Mas a oração de hoje é boa somente para hoje. Não é o que você fez, não é o que você diz que irá fazer, mas o que você faz hoje que conta.”

Rich tinha fome de Deus e ele encontrava o que precisava na igreja. Ele estava consciente que muitas pessoas tentam encontrar outros modos de satisfazer essa fome, nenhum deles, el
e acreditava, poderia substituir o que a igreja tem a oferecer. Um substituto comum que ele via geralmente era a tentativa de se viver de experiências emocionais, como ouvir música. Ele dizia: “Gente… levem isso a sério. Eu sou um cantor cristão contemporâneo e eu não sei nada. Se vocês querem alimento espiritual, vão para a igreja.”

“Algumas vezes me preocupa, o número de pessoas que podem citar minhas canções, ou podem citar canções de muitas outras pessoas, mas não podem citar as Escrituras. Como se qualquer coisa que um músico tenha a dizer seja digna de ser ouvida. Realmente, quero dizer, o que músicos fazem é unir acordes, ritmos e melodias. Então se você quer entretenimento, eu sugiro entretenimento cristão, porque penso que é bom. Mas se você quer alimento espiritual, eu sugiro que você vá a uma igreja e que leia sua Bíblia… A indústria da música cristã é um negócio capitalista e ponto final. Se alguém estiver interessado em vitalidade espiritual, então precisa investir na igreja e não em uma indústria.”

Rich Mullins amava a igreja. Ele a amava porque ela lhe dava a verdade, porque ela permitia-lhe expressar sua fé, porque ela dava-lhe uma oportunidade de ser parte do corpo de Cristo, o qual ele cria dar-lhe sua verdadeira identidade.

Andrew Murray (1828 - 1917)

Andrew Murray nasceu na África do Sul, em 9 de maio de 1828, e morreu em 1917. Seu pai era pastor vinculado à Igreja Presbiteriana da Escócia, que, por sua vez, mantinha estreita relação com a Igreja Reformada da Holanda, o que foi importante para impressionar Murray com o fervoroso espírito cristão holandês. Andrew experimentou o novo nascimento aos 16 anos, na Holanda. Após isso, dedicou muito tempo, muitas madrugadas, a orar por um avivamento em seu país e a ler sobre experiências desse tipo ocorridas em outros países.

Foi para a Inglaterra com 10 anos e, quando re-tornou para a África do Sul como pastor e evangelista, levou consigo um reavivamento que abalou o país. Seu ministério enfatizava especialmente a necessidade de os cristãos habitarem em Cristo. Isso foi despertado especialmente quando, ao voltar para a África, deparou-se com a grande extensão geográfica em que deveria ministrar. Aí começou a sentir necessidade de uma vida cristã mais profunda. Murray aprendeu suas mais preciosas lições espirituais por meio da Escola do Sofrimento, principalmente após uma séria enfermidade. Sua filha testificou que, após essa doença, seu pai manifestava “constante ternura, serena benevolência e pensamento altruísta”. Essa foi uma expressão de sua fé simples em Cristo e a Ele rendida.

Seu ministério, pela influência recebida do pai, foi caracterizado por profunda e ardente espiritualidade e por ação social. Em 1877, viajou pela primeira vez aos Estados Unidos e participou de muitas conferências de santidade nos EUA e na Europa. Sua teologia era conservadora, e se opunha francamente ao liberalismo. Em seus livros, enfatizou a consagração integral e absoluta a Deus, a oração e a santidade.
Durante os últimos 28 anos de sua vida, foi considerado o pai do Movimento Keswick da África do Sul. Muito dos aspectos místicos de sua obra deve-se à influência de William Law. Murray, assim como Law, Madame Guyon, Jessie Penn-Lewis e T. Austin-Sparks, experimentou o Senhor de forma muito profunda e se tornou um dos mais proeminentes no movimento da vida interior.

Foi acometido de uma infecção na garganta em 1879, a qual o deixou sem voz por quase dois anos. Foi curado dela na casa de uma família cristã em Londr
es. Como resultado dessa experiência, veio a crer que os dons miraculosos do Espírito Santo não se limitavam à igreja primitiva. Para ele, uma das características da vida vitoriosa era uma profunda e silenciosa percepção de Deus e uma intensa devoção a ele.
Por crer no que Deus pode fazer por meio da obra de literatura, Murray escreveu mais de 250 livros e inúmeros artigos. Sua obra tocou e toca a Igreja no mundo
inteiro por meio de escritos profundos, incluindo The Spirit of Christ (O Espírito de Cristo), The Holiest of All (O Mais Santo de Todos), With Christ in the School of Prayer (Com Cristo na Escola de Oração), Abide in Christ (Habite em Cristo), Raising Your Children for Christ (Criando Seus Filhos para Cristo) e Humility (Humildade), os quais são considerados clássicos da literatura cristã. Entre tantos que foram ajudados por ele, podemos mencionar Watchman Nee, cujas obras O Homem Espiritual e O Poder Latente da Alma trazem marcas do pensamento de Murray.

Richard Wurmbrand - Voz dos Mártires


Richard Wurmbrand é o ministro evan¬gélico que passou 14 anos como prisioneiro dos comu¬nistas, torturado em sua própria terra, a Romênia. É um dos mais conhecidos líderes evangélicos, autor e educador. Poucos nomes são mais conhecidos em sua terra natal.
Em 1945, quando os comunistas tomaram a Romênia e tentaram submeter às Igrejas aos seus propósitos, Richard Wurmbrand imediatamente iniciou um minis¬tério eficiente e vigoroso, pelo processo chamado "sub¬terrâneo", destinado à pregação do Evangelho ao seu povo escravizado pelos soldados russos invasores.
Foi preso em 1948 com sua esposa Sabina. Durante três anos sua esposa trabalhou escravizada e Richard Wurm¬brand passou esse tempo numa prisão solitária — sem ver qualquer pessoa, a não ser os seus torturadores co¬munistas. Depois de três anos foi transferido para uma cela coletiva, onde as torturas continuaram durante cinco anos.

Por causa de sua liderança cristã internacional, di¬plomatas de embaixadas estrangeiras indagaram ao go¬verno comunista sobre sua segurança. A resposta foi que ele havia fugido da Romênia. Elementos da polícia secreta, passando como ex-companheiros de prisão, dis¬seram à sua esposa que assistiram ao seu funeral no cemitério da prisão. Sua família na Romênia e seus amigos de outros países foram avisados que deveriam esquecê-lo em vista de já estar morto.
Depois de oito anos foi solto e imediatamente reas¬sumiu seu trabalho na Igreja Subterrânea. Dois anos depois, em 1959, foi outra vez preso e condenado a 25 anos de reclusão.

Foi solto em 1964 por uma anistia geral e mais uma vez prosseguiu em seu ministério secreto. Levando em consideração o grande perigo de um terceiro período na prisão, crentes da Noruega negociam com as auto¬ridades comunistas sua permissão para deixar a Romênia. O governo comunista havia iniciado a "venda" dos seus presos políticos. O preço da libertação de um prisioneiro era de 800 libras, mas o preço de Wurmbrand foi fixado em 2.500 libras!
Em maio de 1966 testemunhou ele em Washington perante a Subcomissão de Segurança Interna do Se¬nado Americano, ocasião em que tirou a camisa para mostrar aos presentes dezoito profundas cicatrizes pro¬vocadas pelas torturas físicas recebidas.

Sua história foi levada a todo o mundo pela im¬prensa livre dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. Em setembro de 1966 foi advertido que o regime comu¬nista da Romênia decidira eliminá-lo. Apesar disso não silenciou e continua a dar seu testemunho. Tem sido chamado "a voz da Igreja Subterrânea". Líderes cristãos têm-no considerado o "Mártir Vivo" e o "Paulo da Cortina de Ferro".

O martírio de Policarpo - Ano 156


O dia estava quente. As autoridades de Esmirna procuravam Policarpo, o respeitado bispo da cidade. Elas já haviam levado outros cristãos à morte na arena. Agora, uma multidão exigia a morte do líder.
Policarpo saíra da cidade e se escondera na propriedade de alguns amigos, no interior. Quando os soldados entraram, ele fugiu para outra propriedade. Embora o idoso bispo não tivesse medo da morte e quisesse permanecer na cidade, seus am
igos insistiram em que se escondesse, talvez com temor de que sua morte pudesse desmoralizar a igreja. Se esse era o caso, estavam completamente equivocados.
Quando os soldados alcançaram a primeira fazenda, torturaram um menino escravo para que revelasse o paradeiro de Policarpo. Assim, apressaram-se, bem armados, para prender o bispo. Embora tivesse tempo para escapar, Policarpo se recusou a agir assim. "Que a vontade de Deus seja feita", decidiu. Em vez de fugir, deu as boas-vindas aos seus captores, ofereceu-lhes
comida e pediu permissão para passar um momento sozinho em oração. Policarpo orou durante duas horas.
Alguns dos qu
e ali estavam com a finalidade de prendê-lo pareciam arrependidos por prender um homem tão simpático. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: "Que problema há em dizer 'César é senhor' e acender incenso?".
Policarpo calmamente disse que não faria isso.
As autoridades romanas desenvolveram a idéia de que o espírito (ou o "gênio") do imperador (César) era divino. A maioria dos romanos, por causa de seu panteão, não tinha problema em prestar culto ao imperador, pois entendia a situação como questão de lealdade nacional. Porém, os cristãos sabiam que isso era idolatria.
Pelo fato de os cristãos se recusarem a adorar o imperador ou os outros deuses de Roma e ado
rar Cristo de maneira silenciosa e secreta em seus lares, a maioria das pessoas achava que eles não tinham fé. "Fora com os ateus!", gritavam os habitantes de Esmirna, enquanto buscavam os cristãos para prendê-los. Como sabiam apenas que os cristãos não participavam dos muitos festivais pagaos e não ofereciam os sacrifícios comuns, a multidão atacava o grupo considerado ímpio e sem pátria.
Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas. O procónsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa.
— Respeito sua idade, velho homem — implorou o procónsul.
— Jure pela felicidade de César. Mude de idéia. Diga "Fora com os ateus!".
O procónsu
l obviamente queria que Policarpo salvasse a vida ao separar-se daqueles "ateus", os cristãos. Ele, porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles e disse:
— Fora com os ateus!
O procónsul tentou outra vez:
— Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo!
O bispo se manteve firme.
— Por 86 anos servi a Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei, que me salvou?

A tradição diz que Policarpo estudou com o apóstolo João. Se isso foi realmente verdade, ele era, provavelmente, o último elo vivo com a igreja apostólica. Cerca de quarenta anos antes, quando Policarpo começou seu ministério como bispo, Inácio, um dos pais da igreja, escreveu a ele uma carta especial. Policarpo escreveu, de próprio punho, uma carta aos filipenses. Embora não seja especialmente brilhante e original, essa carta fala sobre as verdades que ele aprendeu com seus mestres. Policarpo não fazia exegese de textos do Antigo Testamento, como os estudiosos cristãos posteriores, mas citava os apóstolos e os outros líderes da igreja para exortar os filipenses.
Cerca de um ano antes do martírio, Policarpo foi a Roma para acertar algumas diferenças
quanto à data da Páscoa com o bispo daquela cidade. Uma história diz que, nessa cidade, ele debateu com o herege Mar-cião, a quem chamava "o primogênito de Satanás". Diz-se que diversos seguidores de Marcião se converteram com sua exposição dos ensinamentos apostólicos.
Este era o papel de Policarpo: ser uma testemunha fiel. Líderes posteriores apresentariam saídas criativas diante de situações em constante mutação, mas a era de Policarpo requeria apenas fidelidade. ? ele foi fiel até a morte.
Na arena, a argumentação continuava entre o bispo e o procónsul. Em certo momento, Policarpo admoestou seu inquisidor: "Se você [...] finge que não sabe quem sou, ouça bem: sou um cristão. Se você quer aprender sobre o cristianismo, separe um dia e me conceda uma audiência". O procónsul ameaçou jogá-lo às feras.
Policarpo
disse: "Pois chame-as. Se isto fosse uma mudança do mal para o bem, eu a consideraria, mas não posso admitir uma mudança do melhor para o pior".
Ameaçado pelo fogo, Policarpo reagiu: "Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá; mas o fogo do julgamento por vir é eterno".
Por fim, anunciou-se que Policarpo não se retrataria. O povo de Es-mirna gritou: "Este é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nossos deuses, que ensina o povo a não sacrificar e a não adorar!".
O procónsul ordenou que o bispo fosse queimado.
Policarpo foi amarrado a uma estaca, e o fogo foi ateado. Contudo, de acordo com testemunhas oculares, seu corpo não se consumia. Conform
e o relato dessas testemunhas, ele "estava lá no meio, não como carne em chamas, mas como um pão sendo assado ou como o ouro e a prata sendo refinados em uma fornalha. Sentimos o suave aroma, semelhante ao de incenso, ou ao de outra especiaria preciosa".
Quando um dos executores o perfurou com uma lança, o sangue que jorrou apagou o fogo.
Este relato foi repassado às congregações por todo o império. A igreja valorizou esses relatos e começou a celebrar a vida e a morte de seus mártires, chegando a coletar seus ossos e outras relíquias. Em 23 de fevereiro, todos os anos, comemoravam o "dia do nascimento" de Policarpo no Reino celestial.
Nos 150 anos seguintes, à medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte, muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo de Esmirna.

A irretocável arte de O retorno do filho pródigo foi criada por um homem que sabia o que era ser pródigo e que mostrou pela sua arte quão profundamente o mundo precisava de salvação. Rembrandt Harmenszoon van Rijn tornou-se o maior pintor protestante, uma pessoa na qual a fé e a arte estavam perfeitamente combinadas.
Ele nasceu em uma família reformada, profundamente piedosa. Embora seus pais quisessem que se tornasse um estudioso, era bastante evidente que ele tinha uma inclinação natural pela arte. Seguindo o costume daqueles dias, Rembrandt passou a seguir artistas famosos e a aprendeu a pintar histórias bíblicas e acontecimentos de histórias referentes à mitologia grega e romana.

Porém, a arte que desenvolveu como estilo pessoal era muito diferente. Outros protestantes confinavam suas pinturas religiosas a quadros que relatavam a Bíblia, e os artistas católicos retratavam os santos. Rembrandt, porém, fazia de cada uma de suas pinturas uma declaração de fé. Ao passo que os protestantes afirmavam que somente a Bíblia era a norma para a religiosidade do homem, Rembrandt mostrou que as Escrituras poderiam também ser o padrão para a arte religiosa.
Nos dias de Rembrandt, as pessoas retratadas nas pinturas bíblicas se pareciam com super-heróis, pouco distintas dos deuses e semideuses retratados nas pinturas mitológicas.

Isso não acontecia com os quadros de Rembrandt. Ele mostrava a humanidade como ela realmente era: cheia de cicatrizes, pecaminosa e carecendo de redenção. Homens e mulheres reais povoam sua obra, desde sua esposa e filho até mesmo as pessoas das ruas. Rembrandt tomou como base para um tocante retrato de um rei de Israel um mendigo de aspecto deplorável, que ele vestira com um turbante. Um judeu idoso e simples se transformou em um retrato do apóstolo Paulo.

Rembrandt também usou a si mesmo como modelo. Na obra O levantar da cruz, que retrata a pecaminosidade do homem, o pintor é um personagem que ajuda a crucificar a Cristo. Embora tenha criado o retrato, o artista não pôde fugir da necessidade de salvação pessoal.
A técnica do claro-escuro — na qual um fundo escuro contrasta grandemente com a luz brilhante sobre os personagens — é marca registrada da obra de Rembrandt. A profundidade da escuridão física muitas vezes mostra com clareza a luz espiritual interior nos personagens que retratava.
Contudo, o objetivo principal de Rembrandt não era evangelizar. Vivia da venda de suas obras e fez tanto trabalhos espirituais quanto seculares. Entretanto, até mesmo aquelas peças que não tinham o objetivo de retratar uma cena religiosa carregavam dentro de si o sentido da perspectiva que o artista tinha sobre o mundo e sobre a humanidade. Ele via a beleza da criação de Deus na natureza, percebendo tanto a beleza quanto o pecado nas faces humanas diante dele.

A despeito da aparente firmeza de convicções cristãs de suas obras, Rembrandt não teve uma vida tão impecável. Ele se casou com Saskia, mulher jovem e rica que morreu em 1642. Seu testamento afirmava que, se Rembrandt se casasse novamente, todas as suas posses seriam entregues ao filho deles, Tito. Cercado de problemas financeiros, o artista certamente percebeu que não poderia abdicar do dinheiro dela. É por isso que ele manteve Hendrickje, sua empregada, como uma espécie de concubina.
Rembrandt presenteou diversas gerações com uma pintura protestante bastante singular do mundo de Deus. Calvino afirmou: "Somente devemos pintar o que os olhos são capazes de ver". Os olhos de Rembrandt criaram retratos que comunicavam a verdade. O retorno do filho pródigo mostra a humanidade de Rembrandt, seu amor por detalhes e a aguçada percepção do coração humano.

O pai perdoador, o filho penitente e o irmão mais velho, vestidos em roupas do século XVII, encaixam-se perfeitamente na parábola de Jesus. Ele nos faz lembrar a infinitude e a atemporalidade das Escrituras.

Os pecadores não tem a metade do bom senso dos pardais. Davi disse: "Não durmo, e sou como o pardal solitário no telhado" (Sl 102.7). Pois bem, você já observou o pardal? Ele mantém os olhos abertos, e no mesmo momento em que vê um grão de trigo ou outra coisa comestível na rua, voa para pegá-lo. Nunca soube que ele espera por um convite, e muito menos que alguém rogue e implore para ele vir alimentar-se.

O pardal vê a comida e diz para si mesmo:
"Aqui está um pardal faminto, e ali um pedacinho de pão. Essas coisas ficam bem juntas, e não permanecerão separadas por muito tempo". Desce voando, e devora tudo o que conseguir achar, tão logo o ache. Se você tivesse metade do bom senso do pardal, diria: "Aqui está um pecador culpado, e ali está o Salvador precioso. Essas coisas ficam bem juntas, e não permanecerão separadas por muito tempo. Creio em Jesus, e Jesus é meu".

O Avivamento de Brownsville


No Dia dos Pais, Domingo, 18 de junho de 1995, o fogo caiu na igreja Brownsville Assembly of God, na cidade de Pensacola, Flórida - EUA. O pastor, John Kilpatrick, buscava avivamento há anos, e sua esposa tinha visitado o mover de Toronto. Naquele domingo de manhã um visitante, evangelista Steve Hill, pregou. Steve tinha experimentado uma renovação espiritual depois de receber oração na Inglaterra, de um pastor Anglicano que tinha recebido a "benção de Toronto".

Naquele culto de domingo de manhã, o poder do Espírito Santo se manifestou de tal forma que centenas de pessoas vieram à frente receber oração, e naquele dia um avivamento começou que durou por mais de cinco anos. Uma característica própria do "Avivamento de Brownsville" foi a ungida pregação evangelística de Steve Hill, que ficou na igreja até junho de 2000. Mais que 150.000 pessoas responderam aos apelos para salvação1.

Anunciando sua saída da igreja em janeiro de 2004, John Kilpatrick disse que o avivamento recebeu 4,5 milhões de visitantes2.
No seu livro "Feast of Fire" (Banquete de Fogo) escrito em novembro de 1995, John Kilpatrick descreveu o avivamento:
Com toda honestidade, eu realmente duvidava se o avivamento ia acontecer; e eu certamente nunca esperei que um avivamento desta magnitude acontecesse. Em poucas semanas uns 97.000 homens, mulheres, meninos, meninas, adolescentes, avós, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e parentes visitaram nossos cultos noturnos pela primeira vez. Ate agora nós registramos mais de 10.000 conversões a Jesus Cristo. Eu fui surpreendido por ver que, apesar das minhas suspeitas e o meu ceticismo, Deus teve misericórdia de mim e eu sei, com os milhares de outros que fizeram parte deste grande banquete de fogo, que eu nunca serei o mesmo. Por que? Porque Deus nos visitou.

Cada noite quando eu entro no santuário da Assembléia de Deus de Brownsville na Rua West DeSoto, minhas emoções transbordam e minha mente fica pasma enquanto eu vejo os ombros de nossos meninos adolescentes, normalmente controlados e moderados, tremerem incontrolavelmente debaixo do poder sobrenatural de Jesus. Eu observo os homens de negócios ricos com seus ternos caros enquanto eles se ajoelham e choram.

O Espírito Santo leva as palavras de perdão e graça faladas por nosso evangelista, Steve Hill, e dá paz e reconciliação a esses que estão preocupados e aflitos. Eu assisto mulheres de idade e jovens mães dançando no Senhor, crianças pequenas rindo e levantando as suas mãos no mais alto louvor. Os viciados em drogas e as prostitutas caem ao chão prostrados diante de Deus, enquanto eles confessam a esperança de Cristo pela primeira vez na sua vida.


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