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Alguém diz: “Ah, mas precisamos orar a fim de poder viver uma vida santa”. Isto está certo, mas do modo inverso, precisamos viver uma vida santa se quisermos orar. De acordo com Davi, “Quem subirá ao monte do Senhor? … O que é limpo de mãos e puro de coração” (Sl 24.3,4).

O segredo da oração é orar em secreto. Livros sobre oração são excelentes, mas são insuficientes. Livros sobre cozinhar podem ser muito bons, porém se tornam inúteis se não houver alimentos para se fazer algo prático; assim também é a oração. Pode-se ler uma biblioteca de livros sobre oração e não obter, como resultado, nenhum poder para orar. Precisamos aprender a orar, e para isso, é preciso orar.

Enquanto estiver sentado numa cadeira, pode-se ler o melhor livro do mundo sobre saúde física e, ao mesmo tempo, ir definhando cada vez mais. Igualmente, podemos ler sobre oração, admirar a perseverança de Moisés, ficar espantados diante das lágrimas e dos gemidos do profeta Jeremias – e ainda não estar prontos, nem para o bê-á-bá da oração intercessória. Como uma bala de rifle que nunca foi usada jamais apanhará uma presa, tão-pouco o coração que ora sem carga do Espírito conseguirá em tempo algum alcançar resultados.

“Em nome de Deus, eu vos suplico, que a oração alimente vossa alma tal qual a refeição refaz seu corpo!”, dizia o fiel Fenelon. Henry Martyn, certa vez, afirmou o seguinte: “Meu atual estado de morte espiritual pode ser atribuído à falta de tempo e tranqüilidade suficientes para minhas devoções particulares. Oh, que eu fosse um homem de oração!”

Um escritor de tempos passados declarou: “Grande parte da nossa oração é como o moleque que aperta a campainha da casa, mas corre antes de se abrir a porta”. Disso podemos estar certos: A área de recursos divinos menos explorada até agora é o lugar da oração.

Qual o Potencial da Oração?

Quem pode calcular as dimensões do poder de Deus? Os cientistas fazem estimativas do peso total do globo terrestre, os estudiosos da Bíblia chegam a decifrar as medidas da Cidade Celestial, os astrônomos contam as estrelas no céu, outros medem a velocidade do relâmpago e dizem precisamente quando o sol se levanta e se põe – no entanto, é impossível estimar o poder da oração.

A oração é tão vasta quanto o próprio Deus, porque é ele mesmo que está por trás dela. A oração é tão poderosa quanto Deus, pois ele se comprometeu a respondê-la. Que Deus tenha compaixão de nós, por sermos tão gagos e hesitantes nesta que é a atividade mais nobre da língua e do espírito do homem. Se Deus não nos iluminar no nosso recinto privado de oração, andaremos em trevas. No tribunal de Cristo, o fato mais vergonhoso que o cristão haverá de enfrentar será a pobreza da sua vida de oração.

Leia este trecho majestoso do ilustre pregador do quarto século, Crisóstomo: “O imenso poder da oração já sujeitou a força do fogo; amarrou a ira de leões, acalmou as insurreições de anarquia, pôs fim a guerras, aplacou as forças selvagens da natureza, expeliu demônios, rompeu os grilhões da morte, expandiu os limites do reino dos céus, aliviou enfermidades, afastou fraudes, resgatou cidadãos da destruição, parou o sol no seu curso, e impediu o avanço do raio destruidor.

“A oração é uma panóplia (armadura) contra todo mal, um tesouro que nunca se diminui, uma mina que jamais poderá ser esgotada, um céu sem qualquer obstrução de nuvem, um horizonte imperturbado por tempestades. É a raiz, a fonte, a mãe, de incontáveis bênçãos.”

Estas palavras são mera retórica, tentando dar uma aparência superlativa a algo comum? A Bíblia não conhece tais engenhosidades humanas.

Oh, Por um Elias!

Elias era um homem experimentado na arte da oração, que alterou o curso da natureza, estrangulou a economia de uma nação, orou e o fogo caiu, orou e o povo caiu, orou e a chuva caiu. Precisamos hoje de chuva, chuva e mais chuva! As igrejas estão tão ressecadas que a semente não pode germinar. Nossos altares estão secos, sem lágrimas quentes de suplicantes penitentes.
Oh, por um Elias! Quando Israel clamou por água, um homem feriu a rocha e aquela enorme fortaleza de pedra se transformou numa madre, que deu à luz uma fonte de águas a dar vida. “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14). Que Deus nos envie alguém que possa ferir aquela rocha!

De uma coisa estejamos certos: O recinto de oração não é lugar para simplesmente entregar ao Senhor uma lista de pedidos urgentes. A oração pode mudar as coisas? Certamente, mas, acima de tudo, a oração muda os homens. A oração não só tirou a desonra de Ana, mas a mudou – transformou-a de mulher estéril em frutífera, de pessoa tristonha em alguém cheio de gozo (1 Sm 1.10 e 2.1); de fato, converteu o seu “pranto em dança” (Sl 30.11).

Quem sabe, estamos orando para dançar quando ainda não aprendemos a lamentar! Estamos buscando uma veste de louvor, quando Deus disse: “… e dar a todos os que choram … veste de louvor em vez de espírito angustiado” (Is 61.3, NVI). Se quisermos colher, a mesma ordem é dada: “Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sl 126.6).

Foi preciso um homem de coração partido, que lamentava profundamente, como Moisés, para poder dizer: Ó Deus, este “povo cometeu grande pecado
… Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Êx 32.31,32). Somente um homem que sentisse uma profunda carga de dor, como Paulo, poderia dizer: “… tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm 9.2,3).

Se John Knox tivesse orado: “Dá-me sucesso!”, nunca mais teríamos ou
vido falar dele. Porém, ele fez uma oração expurgada de desejos pessoais: “Dá-me a Escócia, senão eu morro!”, e assim marcou as páginas da história. Se David Livingstone tivesse orado para conseguir abrir o continente africano, como prova de seu espírito indomável e habilidade com o sextante, sua oração teria morrido com o vento da floresta; porém, sua oração foi: “Senhor, quando será curada a ferida do pecado deste mundo?” Livingstone vivia em oração e, literalmente, morreu de joelhos, em oração.
A solução para este mundo tão insaciável por pecado é uma igreja insaciável por oração. Precisamos explorar novamente as “preciosas e mui grandes promessas” de Deus (2 Pe 1.4). Naquele grande dia, o fogo do juízo haverá de provar
o tipo, e não a quantidade, da obra que fizemos. Aquilo que nasceu em oração passará pela prova.

Na oração, tratamos com Deus e coisas acontecem. Na oração, fome de ganhar almas é gerada; quando há fome para ganhar almas, mais oração é gerada. O coração que tem entendimento ora; o coração que ora adquire entendimento. O coração que ora, reconhecendo sua própria fraqueza, recebe força sobrenatural do Senhor. Oh, que fôssemos pessoas de oração, tal qual Elias – que era um homem sujeito aos mesmos sentimentos que nós! Senhor, ajuda-nos a orar!

“Ah, quem me dera um coração sensível, Dominado pelo desejo de orar.
Ah, quem me dera um espírito despertado, Diariamente cheio do poder divino.
Quem me dera um coração como o do Salvador, Que mesmo agonizando intercedeu.
Dá-me, Senhor, esse mesmo amor pelos outros.
Ah, que haja peso de oração em meu coração.
Pai, anseio ter esse fervor, De derramar a alma em oração pelos perdidos...
De entregar minha vida para que outros sejam salvos...
Orar, seja qual for o preço, Senhor, ensina-me, revela-me esse segredo.
Estou ansioso para aprender essa lição.
Para ter essa grande paixão pelas almas.
Anseio por isso, bendito Jesus.
Pai, tenho um forte desejo de aprender contigo essa lição.
Que teu Espírito a revele a mim”.

Mary Warburton Booth

Pedro na prisão! Que abalo!

Estamos muito longe da cena real para capturar a atmosfera de horror que os Cristãos sentiram neste dia.

Pedro foi movido do Pentecostes para a prisão, dos insultos para a lança. Ele foi guardado por dezesseis soldados. Pergunte a si mesmo o porque de um homem indefeso necessitar de um semelhante grupo para vigiá-lo. Poder-se-ia ser que Herodes temeu o sobrenatural, visto que ele soube que Jesus escapou de um grupo semelhante que O guardava?

Se Pedro tivesse sido cercado por cento e dezesseis soldados, o problema não seria aumentado nem a fuga seria menos certa. Pedro não estava confinado somente pelas duas correntes, mas também pelas grossas paredes da prisão, pelas três divisões da prisão e finalmente por um portão de ferro.

Quando Pedro estava na prisão, a igreja organizou um plano para libertá-lo? Não. Quando Pedro estava encarcerado, os crentes ofereceram uma petição a Herodes ou sugeriram um preço para oferecer aos legisladores para sua liberdade? Não. Pedro tinha libertado outros na hora da oração; agora outros deveriam crer na sua libertação.

Com freqüência através do livro de Atos, que poderia ser chamado Os Atos da Oração, encontramos oração e mais oração. Escave no livro e descubra este poder que motivava a igreja primitiva. No capítulo doze de Atos encontramos um grupo que orava. Apesar de um exército acampado contra Pedro, nisto aqueles crentes confiavam: havia um Deus que poderia e que livraria. A operação de resgate que nunca falhou foi a oração. Não havia limites nas orações daqueles que fizeram intercessão por Pedro. A oração era feita sem cessar pela igreja à Deus por ele. Eles não estavam preocupados se Herodes morreria ou não. Eles não oraram para que eles pudessem escapar do destino de Pedro. Eles não pediram que eles tivessem outro êxodo para uma nação mais hospitaleira. Eles oraram por uma pessoa: Pedro. Eles oraram por uma coisa: sua libertação. A resposta provou o prometido: "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis".

Alguns pobres intérpretes desta história têm disto que quando aqueles que oravam ouviram que Pedro estava à porta, não acreditaram. Eu não posso aceitar esta suposição. Estou certo de que eles oraram com esperança. Eu gosto de pensar que eles ficaram por um momento chocados com a instantaniedade da resposta. Eles poderiam ser escusados se tivessem levantado suas sobrancelhas quando Pedro disse: "Eu escapei facilmente com a escolta de um anjo" (Próxima vez que você passar na porta mágica automática em seu supermercado, lembre-se que a primeira porta a abrir-se de seu próprio acordo foi funcionada de cima!).

Libertações operadas por anjos parecem não encontrar lugar na nossa teologia moderna. Talvez gostaríamos que o Senhor respondesse nossas orações com o mínimo embaraço para nós. Além do mais, quem esperará que as filas angelicais sejam perturbadas para trazer libertação a uma alma que ora? Porém, aconteceram resultados sobrenaturais para muitos dos santos que oravam nos dias apostólicos. O Senhor usou um terremoto devastador para a libertação do apóstolo. A oração é uma dinamite.

Não há nenhuma arma fabricada contra a oração que possa neutralizá-la. Algumas coisas podem atrasar as respostas à oração, mas nada pode parar o supremo propósito de Deus. "Se tardar, espera-o".

O primeiro requerimento na oração é crer.

- Crer que Deus é "galardoador dos que O buscam".
- Crer que Deus está vivo e que, portanto tem poder não somente para a libertação de Pedro, mas também para a nossa.

- Crer que Deus é amor e que Ele tem cuidado dos Seus.
- Crer que Deus é poder e, portanto nenhum poder pode opor-se a Ele.
- Crer que Deus é verdadeiro e, portanto não pode mentir.
- Crer que Deus é bom e que Ele nunca abdicará Seu trono ou falhará em Sua promessa.

Refletindo sobre a história de Pedro, fui repreendido, humilhado, envergonhado e atormentado. Por que? Porque há grandes santos de hoje em dia, Watchman Nee por exemplo, que por anos têm sofrido e têm permanecido cativos pelos comunistas e outros. Muitos dos santos de hoje estão quietos na prisão. O mesmo destino tem sucedido a algumas testemunhas escolhidas de Deus no Vietnã e em Congo.

Tais perigos a outros membros do Corpo demandam preocupação, concentração e consagração para um plano comprometido de oração em favor deles. Eu temo que orações não têm sido feitas a Deus sem cessar por estes sofredores membros da família.

O Sr. Bunyan nos mostra seu Cristão cativo pelo Gigante Desespero no Castelo da Dúvida. A chave para sua libertação foi Promessa. Nós Cristãos estamos no cativeiro em muitos níveis hoje pessoais, domésticos, da igreja e de iniciativa missionária. Mas as correntes se quebram e as masmorras caem quando a oração é feita pela igreja à Deus:

- Oração sem cessar;
- Oração que destrói nossa situação atual;
- Oração que nos drena de qualquer outro interesse;
- Oração que nos emociona por suas imensas possibilidades;
- Oração que veja Deus como Aquele que do alto governa, Todo-Poderoso para salvar;
- Oração que ria das impossibilidades e grite: "Será feito";
- Oração que veja todas as coisas debaixo dos Seus pés [de Deus];
- Oração que é motivada com o desejo pela glória de Deus.

A oração de um crente pode tornar-se um ritual. O lugar da oração é mais do que território onde atiremos todas nossas ansiedades, preocupações e temores. O lugar da oração não é um lugar para deixar cair uma lista de compras diante do trono de um Deus com infinito suprimento e ilimitado poder.

Eu creio que o lugar da oração não seja somente um lugar onde eu perca meus fardos, mas também um lugar onde eu receba um fardo. Ele compartilha meu fardo e eu compartilho a Seu fardo. "Meu jugo é suave e meu fardo é leve". Para conhecer este fardo, devemos ouvir a voz do Espírito. Para ouvir esta voz, devemos calar e saber que Ele é Deus.

Esta hora calamitosa nos assuntos dos homens demanda uma igreja mais saudável do que a que temos. Esta manifestação evidente do mal na juventude e na violação dos mandamentos de Deus por todo o mundo requer uma fé que não recua.

Podemos deixar nossas espadas de oração enferrujadas nas bainhas da dúvida? Poderemos deixar nossas desentoadas harpas de oração penduradas nos salgueiros da descrença?

- Se Deus é um Deus de inigualável poder e inacreditável força,
- Se a Bíblia é a imutável Palavra do Deus vivo,
- Se a virtude de Cristo é tão nova hoje como quando Ele primeiro fez a oferta de Si mesmo a Deus depois de Sua ressurreição,
- Se Ele é o único mediador hoje,
- Se o Espírito Santo pode nos ressuscitar como Ele fez como nossos pais espirituais, Então todas as coisas são possíveis hoje.

Os mares estavam agitados, os ventos estavam uivando, os marinheiros estavam chorando, os mastros estavam voando, as estrelas estavam escondendo-se, o Euro-aquilão explodindo. As pessoas estavam encolhendo-se e gritando, gemendo e suspirando. Somente um homem estava louvando. Todos estavam esperando a morte, exceto Paulo. No meio de uma cena de desespero, se alguma vez houve uma, Paulo clamou: "Senhores, eu creio em Deus" (Atos 27).

Como as coisas parecem estar totalmente diferentes estes dias, eu vou me unir a Paulo. Eu vou dizer com fé: "Senhores, eu creio em Deus". Você se unirá a mim?


Meu Senhor sou Teu, Tua voz ouvi

A chamar-me com amor.
Eu almejo estar sempre junto a Ti,
Ó Bendito Salvador!
 
Mais perto da Tua cruz,
Quero estar, ó Salvador!
Mais perto da Tua cruz,
Sempre quero estar, Senhor!
 
A seguir-Te aqui me consagro já
Constrangido pelo amor.
E minha'alma assim bem contente está
Em servir-te a Ti, Senhor!
 
Oh, que doce paz, que alegria é,
Aos Teus santos pés estar!
E com terno amor, reverente fé,
Com o meu Senhor falar!


Fanny Jane Crosby

Bentida Segurança - Fanny Jane Crosby

Que segurança! Sou de Jesus!

Eu já desfruto bençaos da luz!

Sei que herdeiro sou do meu Deus;

Ele me leva a glória dos Céus!


Canta, minh'alma! Canta ao Senhor!

Rende-Lhe sempre honra e louvor!

Canta, minh'alma! Canta ao Senhor!

Rende-Lhe sempre honra e louvor!


Sendo submisso sempre ao bem,

Sinto os enlevos puros do além;

Anjos, descendo, trazem do alvor

Ecos da graça, bênçãos do amor.


Sempre vivendo em Seu grande amor,

Me regozijo em meu Salvador;

Esperançoso, vivo na luz;

Quanta bondade tem meu Jesus!


Fanny Jane Crosby

A Deus demos glória com grande fervor,

Seu Filho bendito por nós todos deu.

A graça concede ao mais vil pecador,

Abrindo-lhe a porta de entrada no Céu.


Exultai! Exultai! Vinde todos louvar

A Jesus Salvador; a Jesus Redentor.

A Deus demos glória, por quanto do Céu,

Seu Filho bendito por nós todos deu.


Oh! graça real! Foi assim que Jesus,

Morrendo, Seu sangue por nós derramou!

Herança nos Céus, com os santos em luz,

Comprou-nos Jesus, pois o preço pagou.


A crer nos convida tal prova de a mor,

Nos merecimentos do Filho de Deus.

E quem, pois, confia no seu Salvador,

Vai vê-Lo sentado na glória do Céu.


Fanny Jane Crosby

Poesia de Madame Guyon

Pássaro na Gaiola

1. Sou um passarinho, sem campos sem ar
Na minha gaiola sento-me a cantar
Para Quem aqui me aprisionou.
Bem satisfeito prisioneiro sou
E assim, meu Deus, quero te agradar.

2. Aqui, nada tendo para realizar,
Todo o longo dia só posso cantar.
As minhas asas Ele amarrou,
Mas o meu canto muito O agradou,
Inda se curva pra me escutar.

3. Tu tens paciência para me escutar,
E um coração pronto para a mim amar.
Gostas de ouvir meu rude louvor
Pois sabes que o amor, quão doce amor!
Inspira todo esse meu cantar.

4. Preso na gaiola não posso sair,
Mas minha prisão não pode me impedir
A liberdade do coração
Que sempre voa em Tua direção,
Minh´alma livre, a Ti vai se unir.

5. Oh! Que gozo imenso poder me elevar
Para as alturas a Ti contemplar.
Tua vontade e desígnio amar
Minha alegria neles encontrar,
Livre, em teus braços me aconchegar

M.GUYON

A morte de John Bunyan ocorreu no dia 31 de Agosto de 1688, há pouco mais de trezentos anos. Bunyan nasceu em Elstow próximo a Bedford em 1628. Ele foi submetido a uma poderosa obra do Espírito de Deus em 1650. Foi pastor em Bedford por dezesseis anos, morreu em Holborn e foi sepultado em Bunhill Fields. O relato a seguir, da sua morte, é de George Offor escrito em suas memórias, de 1862.

O tempo foi chegando em que , em meio à sua utilidade, e com pouco aviso, ele seria convocado para o descanso eterno. Ele foi gravemente acometido da perigosa pestilência que em anos anteriores havia devastado o país, chamada de doença do suor, uma doença tão misteriosa e fatal quanto a cólera seria em tempos posteriores. A doença foi acompanhada por uma grande prostração da força; mas, sob a gestão cuidadosa da sua afetuosa esposa, sua saúde foi suficientemente restaurada para lhe permitir responsabilizar-se por uma obra de misericórdia; cuja conclusão, como um abençoado fechamento à sua incessante obra terrena, faria com que ele ascendesse ao seu Pai e seu Deus para ser coroado com a imortalidade.

Um pai tinha ficado gravemente
ofendido com seu filho, e tinha ameaçado deserdá-lo. Para evitar o duplo dano de um pai morrer com ira contra seu filho, e a horrível consequência para um filho de ser arrancado de seu patrimônio, Bunyan novamente aventurou-se, em seu debilitado estado, na sua obra costumeira de conquistar as bênçãos de um pacificador. Ele fez uma viagem a cavalo até Reading, sendo aquele o único modo de viajar naquela época, e foi recompensado com sucesso. Regressando para casa passou por Londres para transmitir as gratificantes notícias, quando foi apanhado por um grande volume de chuvas, e, em exaustão, encontrou um agradável refúgio na casa de seu amigo cristão, o senhor Strudwick, e foi ali acometido de uma febre fatal. Sua tão amada esposa, que tinha clamado tão fortemente por sua liberdade junto aos juízes, e com quem ele estava unido há trinta anos, estava distante dele.

Bedford ficava então a dois dias de viagem de Londres. Provavelmente, a princípio, seus amigos tinham esperanças de uma rápida recuperaç
ão; mas quando o golpe veio, todos os seus sentimentos, e dos seus amigos, parecem ter sido tão absorvidos pelas aguardadas bênçãos da imortalidade, que não temos registros que indiquem que sua mulher, ou algum de seus filhos, tenham visto ele atravessar o rio da morte. Existe abudante testemunho de sua fé e paciência, e de que a presença de Deus estava claramente com ele.

Ele suportou seus sofrimentos com toda a paciência e coragem que poderia se esperar de um homem assim. Sua resignação foi exemplar; suas únicas manifestações foram: “um desejo de partir, de ser desfeito, de estar com Cristo”. Seus sofrimentos foram abreviados, sendo limitados a dez dias. Ele usufruiu de uma disposição mental santa, desejando que seus amigos orassem com ele, e unindo-se fervorosamente a eles neste exercício. Suas últimas palavras, enquanto lutava com a morte, foram: “não chorem por mim, mas por vós.

Eu vou para o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sem dúvida, através da mediação de seu bendito Filho, me receberá, apesar de pecador, no lugar onde espero que em breve estejamos reunidos, cantando um novo cântico, e permanecendo eternamente felizes, num mundo sem fim. Amém”. Ele sentiu o chão firme a seus pés na passagem do rio negro que não tem ponte, e seguiu o seu peregrino para dentro da cidade celestial em Agosto de 1688, no sexagésimo ano da sua vida.

As circunstâncias do seu pacífico falecimento são bem comparadas pelo Dr. Cheever com a experiência de Esperança, quando este foi chamado pelo Senhor a atravessar o rio - o grande sossego, o firme fundamento, o discurso aos espectadores - até que sua expressão mudou, seu homem forte rendeu-se, e suas últimas palavras foram: “Recebe-me, porque eu venho a ti”. Então houve alegria entre os anjos enquanto saudavam o herói de tantos combates espirituais, que conduziu sua alma errante na jornada para a Nova Jerusalém, a qual ele tinha descrito de forma tão bonita como “a cidade santa”; e então houve nele pasmo e assombro ao descobrir quão infinitamente aquém sua descrição tinha ficado da jubilosa realidade.

Diário de Spurgeon


15 de Abril – 1850

Tenho me sentido muito bem e toleravelmente feliz, no dia de hoje. É o primeiro dia das corridas. Oh, Deus, Tu me fazes ser diferente! Participei numa fervorosa reunião de oração. “E tua, oh Senhor, é a misericórdia”. Em quem mais poderia confiar? O senhor P. venho esta noite e conversamos até depois das onze, assim que eu perdi algum tempo que deveria dedicar à devoção.

“Que diversos obstáculos nós encontramos
Quando nos achegamos ao propiciatório!
Mas quem que conheças o valor da oração
Não deseja estar ali com frequência?”

Diário de Spurgeon


18 de Abril – 1850

Confio que a nuvem já foi dissolvida. Eu vi hoje alguns raios da luz do sol. Vou seguir adiante na Sua força, quer tenha que faze-lo em meio das nuvens ou não.
Fui à capela; Tinha pouquissima gente lá.

Me é concedido que renove-se minha força. Que me fosse concedido agora poder correr nos caminhos do Senhor!
Começo a perguntar-me por que meu pai não me escreveu; terá alguma boa razão para não o fazer, sem dúvida.
Senhor, fortalece Teu povo e vivifica a Tua Igreja por meio de Tua graça revigorante!

Diário de Spurgeon

17 de Abril – 1850


Lí algo de Fuller sobre o arminianismo. Deus meu, que abismo há próximo de mim! Penso que posso dizer que odeio esta religião; eu desejo amar a Deus e ser tão santo como meu próprio Pai-Deus.

Há uma pequena nuvem entre mim e o Sol de justiça, mas eu sei, e não duvido, que Ele ainda brilha sobre mim. Ele não me deixou. Eu sou um milagre vivo, um potentoso sucesso vivo e andante da graça, já que estou vivo, ao todo, e muito mais porque prossigo. Que a partir de agora eu pudera viver mais perto Dele e honrar mais Seu nome!

Diário de Spurgeon


22 de Abril – 1850

O Senhor não tem me abandonado. Assisti nesta noite à reunião de oração, e orei. Por que haveria de ter medo de falar sobre meu único Amigo? Já não serei tímido, e confio que o Senhor tem já ajudado-me nisto e me ajudará também em outras coisas.

O espírito está mais vivo hoje, e se remonta mais alto e está mais encantado com esse Salvador, o qual é a vida de todo minha alegria. A fé é o precioso dom de Deus, e o amor é Seu dom; tudo nos vem de Deus de princípio a fim.

Diário de Spurgeon

20 de Abril – 1850

Eu andei distribuindo panfletos, porem não pude sentir o Espírito do Senhor em mim. Me pareceu que tinha una trava e meu pé e um impedimento em minha língua. Eu mais que mereço isto , pois não tenho orado, nem estudado minha Bíblia como devo faze-lo.

Confesso minha iniquidade, e meu pecado está sempre diante de mim. Misericórdia, tudo é misericórdia! Lava-me de novo, oh Salvador, em Teu sangue que expía o pecado!

“Firme como a terra é Teu Evangelho,
Meu Senhor, minha esperança, minha confiança”.


Não posso perecer se Deus protege-me. Não posso fazer nada. Sou um débil e pecador verme”.

Diário de Spurgeon

19 de Abril - 1850

Não vivo suficientemente perto de Deus. Tenho que lamentar minha frieza e indiferença nos caminhos do Senhor. Oh, Deus de graça restauradora, visita a Teu servo na metade dos dias! Tenho que confiar Nele; não posso duvidar se Seu poder ou Seu amor.

"Sim, Te amo e Te adoro,
E anseio mais graça para amar-te mais!"


Ainda receberei outra visita e verei de novo Seu sorridente rosto.
" Tudo quanto pedireis ao Pai em meu nome, se lhes dará"

Diário de Spurgeon

21 de Abril – 1850

Esta manhã, o senhor S. pregou em 2 Tessalonicenses 3: 3, “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno.”. Esta é a grande esperança de um cristão e o principal consolo de minha vida: que o Senhor o fará.

De tarde, Mateus 9: 22, “E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã”. Outra vez o Senhor está trabalhando aqui; os médicos terrenos não poderiam fazer-lo. Bendito és, oh Deus, por esta grande salvação!

Pela noite, 3 João 4, “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade.”. Não estou muito interessado nestes sermões pregados duas vezes. Em geral, tenho desfrutado muito neste dia. Pouco o mereci, é mais, não o tenho merecido absolutamente. Não existe nenhum mérito em mim, seguramente; o mais vil dos vis, durante muito tempo fechei meus olhos a esta grande salvação e a este glorioso estado do povo de Deus.

Oswald Jeffray Smith (1890-1986)

O canadense Oswald Jeffray Smith (1890-1986), filhos de Benjamin (um telegrafo da estrada de ferro) e a Alice Smith, em Odessa, Ontário, em 1889, o mais velho de dez crianças. A conversão de Smith ocorreu ao assistir a uma cruzada evangelística de R.A. Torrey e Charles Alexander, quando tinha dezesseis anos. Smith não teve uma infância saudável e não esperada sobreviver a sua adolescência. Esta saúde pobre afetou diretamente seus planos de missões trans-culturais da igreja Presbiteriana, que foram rejeitadas inicialmente. Preparou-se para o ministério e foi ordenado pastor presbiteriano. Seu desejo era dedicar-se à obra missionária, mas foi advertido de que era muito fraco fisicamente para enfrentar a dura vida missionária. Como o Pr. José dos Reis Pereira disse: "As juntas missionárias às vezes falham nos seus diagnósticos - o jovem tão fraco, que não podia ser missionário, viveu 96 anos (...). Deus o usou poderosamente num trabalho que não deixou de ser missionário, pois além de pregar em 80 países do mundo, inclusive o Brasil, ainda fundou uma igreja que tem sustentado centenas de missionários".

Smith empreendeu sua primeira campanha evangelística em Toronto em 1911. Durante esse verão. Ao terminar seu ano final na faculdade de Bíblia de Toronto, serviu também como um pastor de duas igrejas. Em 1913, preprarou-se para os meses de verão entre povos de montanha de Kentucky. Mais atrasado ao estudar no seminário de McCormick Theological, pastoreou diversas igrejas Presbiterianas na área de Chicago. Entretanto, retornou logo a Toronto ao saque como um pastor do associado da igreja Presbiteriana, a segundo a maior de Canadá, sob o pastor sênior da igreja, J.D. Morrow. Lá se encontrou com sua esposa, Daisy, com quem se casou em 1916. O Smiths tiveram três crianças: Glen Gilmour, Paul Brainerd e esperança Evangeline Smith Lowry. Daisy Smith morreu em novembro de 1972 e Smith morreu em 1986.

Mais tarde Smith substituiu Morrow e se tornou o Pastor principal, mas ele mesmo renunciou em 1918.

Smith caracterizou várias cruzadas evangelísticas na América do Norte, permitindo continuar também seu ministério de pastor. Em 1924 em sua primeira excursão fora do continente, indo a nove países europeus e realizando reuniões em Latvia e em Poland.


Querendo concentrar sua energia em esforços evangelistic, aceitou uma chamada para servir como o pastor do Gospel Tabernacle de Los Angeles em 1927 adiantado. Entretanto, um ano mais tarde (1928) que retornaram a Toronto para estabelecer o Tabernacle Cosmopolitan no Massey alugado Salão. Saiu para sua segunda excursão internacional no começo de 1929, retornando a Europa. Em 1930, a igreja modou-se para um edifício da igreja anteriormente Presbiteriana na rua de Gerrard do leste, chamando-se o Gospel Tabernacle de Toronto. Era nesse ponto que Smith começou as transmissões de rádio e hospedar convenções do missionário. Em 1934, aor do leste, rebatizando a igreja a igreja dos povos, onde Smith continuou suas transmissões de rádio. O uso dos meios de comunicação pela igreja expandiu também, usando não somente o rádio, mas também a televisão. Oswald J. Smith continuou como seu pastor até 1958, o seu filho Paul assumiu como pastor em 1959. Embora seja uma das maiores igrejas do Canadá, sua fama reside no sustento de missionários através do mundo. Do seu pastor foi dito: "O Dr. Oswald Smith deu mais ímpeto para missões do que qualquer outra pessoa viva.”. igreja mudou-se para o edifício Methodist central de 1600 assentos na rua de Bloor do leste, rebatizando a igreja a igreja dos povos, onde Smith continuou suas transmissões de rádio. O uso dos meios de comunicação pela igreja expandiu também, usando não somente o rádio, mas também a televisão. Oswald J. Smith continuou como seu pastor até 1958, o seu filho Paul assumiu como pastor em 1959. Embora seja uma das maiores igrejas do Canadá, sua fama reside no sustento de missionários através do mundo. Do seu pastor foi dito: "O Dr. Oswald Smith deu mais ímpeto para missões do que qualquer outra pessoa viva.”.


Billy Graham, falando dos 35 livros (traduzidos para 128 línguas) deste servo do Senhor, escreveu: "Seus livros tem sido usados pelo Espírito Santo para penetrar na profundeza da minha alma e tiveram uma influência tremenda sobre minha vida pessoal e meu ministério".

O seu livro Paixão Pelas Almas, amplamente divulgado pela Junta de Missões Mundiais, teve enorme repercussão no Brasil; "A tarefa suprema da Igreja é a evangelização do mundo". - Oswald Smith pregava isso e o praticava. Foi um evangelista mundial, pregando e ganhando almas em todos os continentes. Pelo rádio alcançou milhões de pessoas, através de 42 emissoras. Como editor, publicou uma revista por mais de 40 anos. Foram-lhe conferidos três doutorados (honoris causa). Como hinista, o Dr. Smith escreveu mais de 1.200 poesias e letras de hinos e cânticos evangélicos. Publicou várias coletâneas.

Billy Graham pregou na ocasião do culto fúnebre deste eminente estadista missionário, e entre outras coisas disse que Oswald Smith foi "a maior combinação de pastor, hinólogo, líder missionário e evangelista de nosso tempo".



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